Al Hajj Malik
Al-Shabazz, mais conhecido por
Malcom X, foi um dos mais importantes militantes americanos na luta contra o racismo
nas décadas de 50 e 60. Nasceu a 19 de Maio
de 1925 e foi assassinado a 21 de Fevereiro de 1965.
Malcolm X teve uma infância trágica: perdeu o pai,
vítima de assassinato, e viu a sua casa ser incendiada pelo grupo racista branco
Ku Klux Klan*. Na adolescência passou por várias casas de custódia e foi parar
à cadeia. Em 1946, enquanto cumpria pena por roubo, converteu-se ao islamismo e
aderiu à Nação do Islã, uma seita defensora do conceito de superioridade negra.
Seguindo um dos preceitos da entidade, que negava os sobrenomes adotados pela
população negra americana e os denunciava como resquícios da escravidão, o
militante assumiu o nome de Malcolm-X. Começava aí sua ação política:
praticando rigorosos padrões religiosos, ele iniciou uma série de viagens pelos
Estados Unidos fundando mesquitas e fazendo palestras. A sua estratégia radical
opunha-se ao movimento pelos direitos civis dos negros liderado por militantes
moderados, como o pastor batista Martin Luther King. Na verdade, Malcolm
recusava a igualdade racial e a integração na sociedade branca, defendendo o
separatismo dos negros e afirmando que a violência era um recurso aceitável
para a autoproteção.
Entretanto, em março de 1964, Malcolm
desentendeu-se com outros líderes da seita e abandonou o grupo. Pouco depois,
formou seu próprio movimento religioso e embarcou para uma peregrinação a Meca,
na Arábia Saudita. O regresso aos Estados Unidos marcou uma viragem ideológica:
o militante anunciou ideias mais brandas quanto ao separatismo negro, admitindo
a possibilidade de convivência com a sociedade branca. As novas posições “aqueceram”
a tensão com antigos seguidores e, em 21 de fevereiro de 1965, Malcolm-X acabou
assassinado por integrantes do próprio movimento negro, durante um comício em
Nova York.
*Ku Klux
Kan- organização que defendia a supremacia branca conhecida por linchar os
seus inimigos, nomeadamente elementos da comunidade negra.
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