Nos dias de hoje, ainda existe muita discriminação em relação à prática feminina no desporto. Esta discriminação verifica-se nos mais distintos níveis desportivos, sendo mais visível na alta competição onde há mais diferenciação dos prémios monetários. Outra forma de discriminação dá-se ao nível dos escalões de formação, pois quando surgem dificuldades financeiras nos clubes onde há equipas femininas estas são as primeiras a acabar. Outra diferença que é feita é o facto do setor feminino ficar com os piores horários de treino e com os espaços mais degradados em termos de condições de trabalho.
O
desporto feminino também recebe muito pouca atenção tanto da imprensa escrita
como da audiovisual. Existe ainda uma ausência quase total de mulheres nos
lugares de tomada de decisões das organizações desportivas, clubes, federações,
etc. As atletas de alta competição queixam-se, por vezes, de que os treinadores
não são sensíveis para alguns dos seus problemas.
Para
contrariar essa ausência quase total de mulheres nos lugares de tomada de
decisões, pode fazer-se com que os trabalhos nessas organizações desportivas
sejam compatíveis com as outras funções que as mulheres têm. O que não acontece. A começar, por exemplo, pelos horários
escolhidos para as reuniões. Normalmente, tanto nos clubes como nas associações
desportivas, esses encontros acontecem à noite. Ora, não é fácil para uma
mulher chegar a casa no final de um dia de trabalho, fazer o jantar, deitar as
crianças e depois ir para uma reunião no clube. É preciso criar condições para
essa participação.
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